segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Weder fernandes thiago Luis


Uma árvore aparece no centro das armas da república do Gabão, país de colonização e influência francesa, cujas características mais importantes estão ligadas às riquezas florestais da região.
O Gabão situa-se na linha do equador, na costa oeste do continente africano, e cobre uma superfície de 267.667km2. Tem fronteiras com a Guiné Equatorial e Camarão, ao norte, e com o Congo ao sul e a leste. A oeste limita-se com o oceano Atlântico.
O Gabão é um país de planícies. A maior parte de seu território é ocupada pela bacia do rio Ogooué, o maior do país. Duas pequenas regiões, o vale regado pelo rio Woleu-Ntem, ao norte, e a costa oeste e sudoeste, separam a bacia do Ogooué do oceano Atlântico. O pico mais alto é o monte Iboundi, com 980m, no maciço de Chaillu, no sul. O clima é tipicamente equatorial, com temperaturas de aproximadamente 27o C durante todo o ano e umidade do ar bastante elevada.
Cerca de dois terços da superfície são cobertos de densas florestas, em que se encontram mais de três mil espécies vegetais diferentes, entre elas o ocumé, de extraordinária importância econômica devido a seu emprego na fabricação de compensados. As florestas também acolhem numerosas espécies animais: macacos, antílopes, elefantes e muitas espécies de aves tropicais. Nas regiões litorâneas estendem-se as savanas.
Habitam o país mais de quarenta grupos étnicos com línguas diferentes. Os mais numerosos são os fang, que vivem ao norte do rio Ogooué e são oriundos dos pahouim, grupo muito disseminado em toda a África central. Ao sul se encontram os punu, os sira e os nzebi. Embora sejam falados idiomas autóctones, a língua oficial é o francês. A maioria da população é cristã. No final do século XX, registrava-se uma migração crescente para as cidades, mas a população rural continuava predominando.
A economia do Gabão baseia-se principalmente na exploração de recursos minerais e madeireiros. Nas últimas décadas do século XX, a política econômica liberal favoreceu o investimento estrangeiro, o que deu forte impulso à economia, sobretudo no setor da mineração. A exploração de petróleo respondia por três quintos do produto nacional bruto. Extraíam-se também manganês e urânio. A produção de energia hidrelétrica aumentou consideravelmente desde que se construiu a represa de Kinguélé.
As florestas existentes no litoral e nas margens dos rios, exploradas exaustivamente, já estavam em ponto de esgotamento quando, na década de 1970, foi construída a Estrada de Ferro Transgabão que permitiu a exploração da riqueza madeireira do interior, principalmente com investimentos estrangeiros. A agricultura ocupa mais da metade da mão-de-obra do país, e grande parte da produção se destina à exportação, sobretudo de copra (amêndoa de coco seca), café e azeite-de-dendê.
A indústria mais importante é a madeireira, especialmente a que se dedica à elaboração de compensados. A refinaria de Port-Gentil favoreceu o desenvolvimento de uma incipiente indústria leve. O Gabão depende, em grande parte, do capital estrangeiro e foi obrigado a aplicar planos de estabilização impostos por organismos financeiros internacionais, destinados a possibilitar o pagamento da vultosa dívida externa. (Para dados econômicos, ver DATAPÉDIA.)
Não se conhece a data em que ocorreram as migrações dos povos de língua bantu, possivelmente pigmeus, que foram a base da atual etnia gabonesa e cujos restos culturais mais antigos correspondem a fases do paleolítico tardio e neolítico inicial. Os fang só chegaram ao litoral no final do século XVIII, atraídos pelos comerciantes europeus.
O europeu que avistou pela primeira vez as costas do Gabão, em 1472, foi o português Diogo Cão, seguido por mercadores franceses, holandeses e ingleses. Na segunda metade do século XIX, a atividade principal da região foi o tráfico de escravos e de marfim. Os franceses foram os primeiros a estabelecer tratados comerciais com os potentados locais. Em 1886 estabeleceu-se a colônia do Congo Francês, que incluía o Gabão, e em 1898 o território gabonês foi dividido entre várias companhias concessionárias. Em 1910 o país passou a fazer parte da África Equatorial Francesa, situação que permaneceu durante as duas guerras mundiais. Na segunda, tropas da França Livre, que se opunham ao governo, ocuparam o país, que em 1958 adotou um regime autônomo.
Pela constituição de 1991, o poder executivo é exercido pelo presidente, eleito por sufrágio universal para um mandato de cinco anos. O poder legislativo compete à Assembléia Nacional, cujos membros também são eleitos por voto direto a cada cinco anos.
No plano cultural, o museu mais importante no país é o Museu de Artes e Tradições de Libreville. Como o Gabão foi colônia francesa, a vida intelectual e artística é muito influenciada pelas correntes que chegam da França.
http://www.emdiv.com.br/mundo/asmaravilhas/1449-gabao-africa-equatorial.html

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